A BOTÂNICA NA OBRA POÉTICA DE AGOSTINHO NETO
THE BOTANY IN THE POETICS WORK OF AGOSTINHO NETO
DOI:
https://doi.org/10.33936/cognosis.v1i3.256Resumen
Há muita botânica a descobrir na obra poética de Agostinho Neto (1922-1979). Este trabalho em especial visa investigar as plantas citadas em “Sagrada Esperança e Renúncia Impossível”. Os trabalhos de Paiva (2015), Flávio (2016), entre outros, foram importantes na compreensão do estudo das plantas em obras poéticas; Silva (2016) e Amâncio (2016) na análise dos poemas. Foram feitas 5 leituras em cada obra para identificação dos poemas com conteúdos de botânica, buscas no website da Fundação António Agostinho Neto (http://www.agostinhoneto.org/), para o conhecimento da vida e obra do poeta. Ao longo da pesquisa, observou-se que o poeta utilizou elementos da natureza (o mar, a chuva, o relevo, a biodiversidade) e seus significados. O que permitiu a derivação de temas botânicos, nomeadamente, metabolitos secundários vegetal, a biodiversidade e a floresta, espécies e famílias botânicas. Na obra Sagrada Esperança foram registadas 63 citações de nomes comuns de plantas, que permitiu elaborar uma lista de 19 espécies, distribuída em 12 famílias botânica. E na obra Renúncia Impossível registou-se 13 citações, 9 espécies, distribuídas em 8 famílias. Os resultados permitiram constatar a presença da botânica na sua obra, traduzindo-a nos seus poemas. Estudar as plantas na obra poética de Neto é indispensável para os exercícios botânicos, necessários para se darem aos estudantes as instruções precisas e para que não se ignorem esta área da ciência.
PALAVRAS-CHAVE: Botânica; Agostinho Neto; Metabolitos Vegetais; Diversidade Vegetal; Sagrada Esperança; Renúncia Impossível.
ABSTRACT
There is much botany to discover in the poetic work of Agostinho Neto (1922-1979). This particular work aims to investigate the plants cited in "Sacred Hope
and Impossible Renunciation". The works of Paiva (2015), Flávio (2016), among others, were important in understanding the study of plants in poetic works; Silva (2016) and Amancio (2016) in the analysis of the poems. There were 5 readings in each work to identify the poems with botanical contents, searches on the website of the António Agostinho Neto Foundation (http://www.agostinhoneto.org/), for the knowledge of the life and work of the poet. Throughout the research, it was observed that the poet used elements of nature (the sea, rain, relief, biodiversity) and their meanings. This allowed the derivation of botanical topics, namely, plant secondary metabolites, biodiversity and forest, species and botanical families. In Sacred Hope, there were 63 citations of common names of plants, which allowed to elaborate a list of 19 species, distributed in 12 botanical families. And in the work Renunciation Impossible was registered 13 citations, 9 species, distributed in 8 families. The results showed the presence of botany in his work, translating it into his poems. Studying the plants in Neto's poetic work is indispensable for botanical exercises, necessary to give students precise instructions and so that this area of science is not ignored.
KEYWORDS: Botany; Agostinho Neto; Vegetable Metabolites; Plant Diversity; Sacred Hope; Impossible Renunciation.
Descargas
Citas
Neto, A. (2014). Sagrada Esperança. 1ª Edição, Luanda – Angola.
Amâncio, I. M. C. Aquele por quem se espera: A tensa recepção literária do discurso poético-ideologico de Agostinho Neto na contemporaneidade. Disponível em: http://www.ich.pucminas.br/cespuc/Revistas_Scripta/Scripta12/Conteudo/N12_Part e03_art01.pdf Acesso em 20 de Junho de 2016.
APG II (Angiosperm Phylogeny Group II). 2003. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG II. Bot. J. Linn. Soc. 141: 399–436.
Delbone, C. A.C. (2010). Importância ecológica e evolutiva dos principais grupos de metabólitos secundários nas espécies vegetais. In: X Congresso de educação do Norte Pioneiro Jacarezinho. Anais. UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná – centro de Ciências Humanas e da Educação e Centro de Letras Comunicação e Artes. Jacarezinho, 2010. ISSN – 18083579. p.396-404.
Educacional. Floresta do Congo. Disponível em: http://www.educacional.com.br/reportagens/florestas/parte-06.asp Acesso em: 10 de Junho
França, F. Flora da obra poética de Gustavo Teixeira. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5585400 Acesso em 30 de Junho de 2016.
Judd, W. S., Campbell, C. S., Kellogg, E. A., Stevens, P. F., & Donoghue, M. J. (2009). Sistemática vegetal, um enfoque filogenético. 3ª Edição. Brasil: Artemed Editora S.A.
Kotsias, B. A. Sócrates y la cicuta. Instituto de Investigaciones Médicas Alfredo Lanari, Facultad de Medicina. Universidad de Buenos Aires. Disponível em: http://www.medicinabuenosaires.com/revistas/vol59-99/2/v59_n2_211_214.pdf Acesso em: 20 de Outubro de 2016.
Laranjeira, P. A poesia de Agostinho Neto como documento histórico. Disponível em: http://www.agostinhoneto.org/index.php?option=com_content&id=196:a-poesia-de- agostin Acesso em: 20 de Junho de 2016
Ministério do Ambiente. Área de Conservação Transfronteiriça de Maiombe. Disponível em : http://www.biodiversidade-angola.com/area/area-de-conservacao-transfronteirica-de- maiombe/ Acesso: 30 de Junho de 2016.
Paiva, J. As plantas na obra poética de Camões (épica e lírica). Disponível em: https://digitalis- dsp.uc.pt/jspui/bitstream/10316.2/35691/1/Humanismo%20e%20Ciencia%20-
%201.5.pdf?ln=pt-pt Acesso em: 20 de Junho de 2016
Peres, L.E.P. Metabolismo Secundário das plantas. Disponível em: http://www.oleosessenciais.org/metabolismo-secundario-das-plantas/ Acesso em: 15 de Maio de 2016
Raven, Peter H; Evert, Ray F, & Eichhorn Susan E. (2006). Biologia Vegetal 6ª Edição. Guanabora Koogan S.A. Rio de Janeiro.
Silva, L. M. O mar de memórias na poesia de Agostinho Neto. Disponível em: http://www.ileel.ufu.br/anaisdosilel/wp-content/uploads/2014/04/silel2013_178.pdf Acesso em: 20 de Junho de 2016
TERRA. Japoneses apresentam o que dizem ser a primeira rosa azul. Disponível em: https://noticias.terra.com.br/ciencia/pesquisa/japoneses-apresentam-o-que-dizem- ser-a-primeira-rosa-azul,21698d06878ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html Acesso em: 10 de Maio de 2016
Wikipedia. Rosa Azul. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rosa_azul Acesso em: 20 de Junho de 2016.